[Reflexão] Entre a Balada e o Por do Sol: O Amor que Eu Busco 🌃

08/02/2025 0 comentários

No turbilhão das noites atuais, onde a busca por transa e festas parece dominar, eu me pego refletindo: será que o verdadeiro amor ainda tem lugar? Entre as luzes da balada e o barulho da multidão, há uma vontade silenciosa de encontrar algo que não se construa num piscar de olhos. 


Como barman, conheço de perto o ritmo acelerado da vida noturna e a energia contagiante das festas. Mas, mesmo mergulhado nesse universo, sempre escolho a moderação. Para mim, o encanto está nos detalhes: no aroma de um café fresco logo pela manhã, na tranquilidade de um pôr do sol que pinta o céu com cores intensas, e na simplicidade de um piquenique no parque ou de um passeio de mãos dadas pela cidade.


Procuro alguém que entenda que o amor verdadeiro não se resume a encontros apressados ou a momentos de pura diversão. Quero compartilhar uma conversa longa e sincera, sentir a cumplicidade de um olhar e a calma de uma tarde preguiçosa. Alguém que, assim como eu, acredite que, quando a festa termina, o que realmente importa são os pequenos gestos e os momentos que aquecem o coração.


No meio do barulho e da correria, ainda acredito na magia de um amor que se constrói aos poucos, com paciência e autenticidade. Porque, no final das contas, o que faz a vida valer a pena é saber que, entre uma transa passageira e uma noite agitada, há sempre espaço para a beleza de um por do sol e para o aconchego de um café compartilhado.


Victor Cruvinel.
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[Diário] Entre Coqueteleiras e Mudanças: A Jornada de Me Encontrar 🍸

05/02/2025 0 comentários

Faz tempo que não escrevo aqui—desde 2023, para ser exato. Mas resolvi voltar. Muita coisa mudou desde então, e acho que agora tenho mais histórias para contar. 

A vida é feita de mudanças. Algumas planejadas, outras completamente inesperadas (como, por exemplo, a minha tentativa de retocar o platinado sozinho, mas já chegamos lá). Nos últimos meses, tenho vivido uma transformação intensa—não só no meu corpo, mas na minha mente, nos meus sonhos e na minha forma de enxergar o mundo.


Desde criança, sempre fui fascinado pela vida noturna. Quando jogava The Sims, meus simmers tinham um destino certo: os bares da cidade. Mas eu não ia lá só para deixá-los beber e socializar. Eu fazia questão de colocá-los atrás do balcão, preparando drinks e dominando a arte da coquetelaria virtual. Aquilo me encantava. Depois, veio o cinema. Filmes e séries mostravam personagens misturando ingredientes, servindo coquetéis sofisticados, e eu pensava: “É isso. É isso que eu quero fazer.”


Mas a vida real nem sempre é tão direta quanto um jogo. Antes de chegar onde estou, passei por uma lista infinita de empregos que não tinham nada a ver comigo. Meu primeiro trabalho foi como vendedor de picolé, um emprego que me ensinou humildade e o valor de correr atrás. Depois, fui recepcionista em uma empresa de energia solar e, em seguida, recepcionista de academia. Passei um tempo como vendedor em uma loja de roupas, depois trabalhei em uma livraria e, por um ano, fui de telemarketing. Esse trabalho foi um divisor de águas—mudou completamente o meu vocabulário, agregando educação e removendo girias e gerundismos da minha fala. Passei ainda pelo mercado, onde trabalhei por um tempo, e então finalmente cheguei ao meu lugar: o bar.

Sempre sonhei em ser barman, essa era a profissão que eu sempre admirei. Agora, trabalho em um dos melhores bares de Uberlândia e me apaixonei por cada parte do processo—da coqueteleira à criação dos drinks. Observar as pessoas saboreando o que eu preparei me faz sentir realizado de uma forma que nunca imaginei.


Claro, nem tudo é só glamour. Já recebi algumas cantadas, incluindo de um senhor que, além de elogiar minha aparência, fez um convite inusitado para uma festinha no final da noite, o que, claro, eu recusei. E teve também algumas moças que, do nada, começaram a me olhar e a dizer “Nossa, que moço bonito”, o que me deixou super envergonhado e meio sem saber como reagir. Nunca imaginei que alguém fosse notar minha aparência desse jeito!


Ah, e claro, o meu visual também mudou. Em dezembro, eu platinei o cabelo, e, sério, estava perfeito! Porém, em janeiro, resolvi retocar por conta própria. E aí, meu amigo, se você acha que o miojo fez sucesso, meu cabelo resolveu fazer a versão “al dente”! Fiquei com a peruca toda quebrada e, adivinhem, precisei raspar tudo. Mas não tem problema, estou deixando ele crescer de novo, e na próxima vez, vou deixar nas mãos de um bom profissional, porque “faça você mesmo” não é para todos, e meu cabelo já me ensinou isso!


Essa jornada não tem sido fácil, e os desafios não param de surgir. Já passei por decepções amorosas, e posso dizer que, no fundo, estou buscando um amor verdadeiro, aquele que vai além das aparências e se preocupa com o que realmente importa. No fim das contas, eu aprendi que a vida não é só sobre ser visto ou admirado pelos outros, mas sobre se encontrar, se respeitar e se amar por quem você realmente é.

Estou em um processo contínuo de amadurecimento, e posso dizer que estou cada vez mais feliz por estar fazendo exatamente o que sempre sonhei. O caminho não foi fácil, mas aqui estou eu, com mais paixão do que nunca por tudo o que faço e por quem estou me tornando.


Victor Cruvinel.
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[Diário] Flor de plumeria pudica em dia de casamento 💍

22/04/2023 0 comentários

Hoje acordei me sentindo um pouco para baixo... Geralmente, a primeira coisa que faço ao despertar é colocar comida para minhas calopsitas, trocar a água delas e preparar um café bem amargo para mim. Mas hoje quis sair da rotina. Decidi tomar café da manhã na padaria da esquina, perto de casa.

Chegando lá, mudei de ideia e acabei pedindo cinco pães de queijo para viagem.

O céu estava nublado, as ruas vazias, e fazia frio. Enquanto caminhava para o ponto de ônibus, meus olhos pararam em um arbusto de Plumeria pudica. A maioria das flores estava murcha, mas uma, bem no cantinho, ainda permanecia bonita. Algo naquela flor solitária me chamou atenção... Acabei arrancando-a para levar comigo ao trabalho.


Dentro do ônibus, segurei a flor por um longo tempo e, sem perceber, comecei a lembrar da minha infância, da época em que morava com minha mãe em Goiânia. Nosso quintal era repleto de árvores—árvores para sombra, árvores frutíferas, plantas e flores em todos os cantos. Foi minha avó quem plantou tudo. Ela sempre amou jardinagem.

Vovózinha ❤️

Logo em seguida, aquela sensação de tristeza voltou. Hoje é o casamento do meu irmão do meio (sou o caçula de três irmãos), e, infelizmente, não poderei comparecer. No mês passado, ele me convidou para ser padrinho, e eu queria muito aceitar. Afinal, ele é meu irmão, cresci com ele. Mas não posso ir por conta do trabalho...

Atualmente, trabalho em telemarketing, e, por ter sido contratado recentemente, não posso me dar ao luxo de faltar. Já vi várias pessoas serem demitidas por isso.

O casamento dele será em Goiânia, onde cresci. O que me entristece é que toda a minha família mora longe. Quando me mudei para Uberlândia, no final de 2018, fui morar com meu pai. Mesmo quando passei a viver sozinho, em 2020, ainda morava perto dele. Mas, há alguns meses, ele se mudou para outra cidade ainda mais distante.

Hoje sou independente, mas sempre fui muito próximo da minha família, e estar longe deles é difícil.


Eu, mamãe e meu irmão noivo.

No trabalho, minha cabeça estava longe. Só conseguia pensar no casamento, no meu irmão, nos meus pais, na minha avó. Todos reunidos, menos eu.

Me senti como aquela flor de Plumeria pudica que arranquei e levei comigo: isolado, afastado das outras flores.

Victor Cruvinel.
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[Diário] Devaneio em dias chuvosos e algumas comprinhas 🌧️

19/04/2023 0 comentários

Alguns dias atrás, eu estava em pé no fundo do ônibus, a caminho do trabalho, quando fui fisgado por um breve devaneio de recordações. Sabe quando você está lá... parado, sem ninguém para conversar, e acaba sonhando acordado? Isso acontece comigo com bastante frequência. Às vezes fico lá... só pensando... lembrando do meu passado, de quando era criança, das brincadeiras bobas que fazia com meus irmãos, de quando brincava de cabra-cega com meus primos. Ah... velhos tempos de que sinto muita saudade.

Lembro que, quando era criança, eu reclamava muito da minha vida. Das vezes em que chegava da escola e minha mãe mandava limpar a casa ou lavar a louça suja, eu pensava: "Nossa, que vida chata, vontade de crescer e mandar no meu próprio nariz". Pois é... isso aconteceu, e não recomendo.

Não é fácil ser adulto. Existe um preço a se pagar ao escolher trilhar o caminho da liberdade e independência. Mas, ao mesmo tempo, é bom, sabe? Fui uma criança/adolescente muito mimada, não precisava levantar um dedo para nada. Minha única obrigação era passar de ano e manter a casa limpa, mas isso estava me impedindo de amadurecer de verdade. Quando me tornei adulto e entrei para o mercado de trabalho, não queria saber de nada, torrava meu salário como se o mundo fosse acabar amanhã e tinha zero responsabilidades. E sabe qual foi o resultado disso? Não dava valor ao meu dinheiro suado, não pensava no dia de amanhã nem nos imprevistos da vida.

Até que, um belo dia, tive que sair da casa dos meus pais e tomei um choque de realidade. São tantas responsabilidades e dificuldades de uma só vez. Mas, sabe... isso me ajudou a amadurecer e a enfrentar os desafios da vida. O meu eu de antigamente, que só queria saber de assistir Netflix e jogar videogame o dia inteiro, jamais imaginaria esse BOOM de amadurecimento na vida...


Hoje, minha tia me convidou para ir ao centro, pois queria me dar uma calça de presente. O dia estava chuvoso. 


Quando chegamos à loja, ela me ajudou a escolher alguns modelos de calças, e isso foi incrível. Nunca tive ninguém para me ajudar a escolher uma roupa; a vida inteira, ou ganhava roupas aleatórias da família, ou comprava por conta própria, sem companhia.

Acabei saindo da loja com 2 calças e 2 camisas super chiques. Não vou mentir, fiquei bastante preocupado, pois sei que as coisas não estão fáceis para ninguém, mas ela me disse que não precisava me preocupar com nada, que estava tudo sob controle.

Não sei por que resolvi escrever tudo isso hoje. Talvez tenha sido por causa dos meus pensamentos e momentos de reflexão, ou talvez seja pela imensa gratidão que tenho a Deus pela família abençoada que tenho.

Victor Cruvinel.
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